quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Já estamos a caminho do fim. Observem os sinais...


Não poderia deixar o mundo acabar sem que eu compartilhasse com vocês como foi meu final de dia 17/12/12 e madrugada do dia 18/12/12.
Até porque, vai que os fatos ocorridos são presságios do Fim?
Há dias que eu estava doidinha pra assistir ao filme do Gonzagão, mas por motivos de força maior não estou podendo ir ao cinema e resolvi dar uma fuçada na net e tentar baixar e achei uma gravação, dessas bem ruins, áudio ruim, imagem embaçada, mas a vontade de assistir era tanta que fui colocar o filme. Quando vou até a tv para mudar a função para DVD, tropecei em uma cerâmica do piso que está desnivelada e caí de cara no chão. Na hora, dei um grito, meu rosto doía todo que pensei.... Eita que agora caiu o resto dos dentes!!!! Mas a pancada mesmo foi no nariz. Na hora subiu um ematoma espantoso no meu nariz. A essa altura minha mãe já estava gritando desesperadamente do meu lado, no chão, porque ela não deixava ninguém me ajudar a levantar, com medo de fraturas, ou das próteses que tenho nos quadris, joelhos e cervical terem se deslocado. Então, ficaram do meu lado esquerdo o meu irmão querendo me levantar do chão e do meu lado direito a minha mãe gritando: Nãaaao. Nãaao mexa com ela nãaaaao. E começou a discussão dos dois. Enquanto isso, creio que a adrenalina foi baixando e fui começando a perceber que não tinha machucado apenas o nariz. Depois de alguns minutos de discussão, meu irmão me sentou no sofá, minha mãe foi buscar gelo, claro que antes disso, ela já tinha dado uma senhora bronca no piso da sala que fez essa crueldade com a filha dela!!!! Não sei como ela não fraturou a mão, de tanto esmurrar o chão!!!
Ela, chorando insistia para que eu fosse ao hospital, mas eu só imaginava como seria, chegar ao hospital com ela daquele jeito e disse a ela: - Tá certo mãe, eu vou. Mas só depois de assistir Gonzagão. Ela foi pra cozinha, eu fiquei na sala, assistindo o filme e fazendo revezamento de gelo. Uma hora no nariz, outra hora, na mão, outra hora no joelho direito, no esquerdo, no pé direito, no pé esquerdo. E depois de 2 horas de filme, eu já estava pelas tabelas com tanta dor, que resolvi ligar pro meu amigão, taxista que sempre me socorre nessas horas, para me levar ao hospital. – Oi Seu Jairo!!! Tudo bem? O Sr. Ta por aqui pelo Parque dos Coqueiros?
- Opa minha amiga!!! Não, não, to chegando em João Pessoa.
Na hora, me deu vontade de gritaaaaaaar. Mas me segurei.
- Então ta meu amigo, boa viagem, tudo de bom!!!
Pensei em ligar pra algum amigo, mas não quis incomodar ninguém, já era mais de 11 da noite, aí o celular tocou, era a esposa do meu amigo taxista que ficou preocupada e ligou pra saber se não queria que mandasse outro taxi, e não preocupasse que depois eu acertava as contas. Ufa!!!! E fomos nós, eu e mamãe pro pronto socorro.
Quando cheguei lá, o médico estava atendendo uma urgência, fiquei aguardando, assistindo o Som Brasil, especial Cazuza. Depois de esperar um bocado, entro na sala do médico, conto o ocorrido, ele informa que teria que me encaminhar para outro hospital, pois neste em que eu estava não tinha ortopedista de plantão. Preencheu uma ficha.
Minha mãe me lembrou de dizer as medicações que tenho alergia e informei:
- Sim, DR. Eu tenho alergia à sulfa e tilatil.
- Ok. Está anotado. E à dipirona? Tem Também?
- Não.
- Ok. Mas não vou te medicar não pra não interferir na avaliação do ortopedista e não atrapalhar, caso ele venha a te medicar. Você aguarda a ambulância, pois só temos uma, e está ocupada. Assim que desocupar, você será transferida pro outro hospital.
- Tudo bem.
E lá fiquei esperando, o tempo foi passando, as dores aumentando, até que ele, o médico se compadeceu e veio me perguntar:
- você está com muita dor?
- Sim Dr.
-Muita mesmo?
- Sim Dr.
- Então eu vou te medicar, enquanto você espera a ambulância.
Fui medicada. No mesmo instante a ambulância chegou. Quando já estava saindo, minha mãe resolveu pedir pro pessoal esperar, e voltou para falar com o médico:
-Dr. Qual o nome da injeção que ela tomou, pra que eu informe ao chegar ao outro hospital?
Adivinhem. Lembrando que já estávamos há três dias do fim do mundo e coisas bizarras passam a povoar nossos dias na Terra nesse período. A resposta foi:
- Tilatil.
-TILATIL? COMO ASSIM? TILATIL DR.? A GENTE ACABOU DE INFORMAR PRO SR. QUE ELA É ALÉRGICA À TILATIL!!!!
O médico levou as duas mãos à cabeça e disse para enfermeira:
- FENERGAN E HIDROCORTISONA AGORA!!!
E eu que estava nesse momento fazendo uma prece de agradecimento a Deus por estar entrando na ambulância, já ter sido medicada, escuto a minha mãe vindo, dizendo: - esperem aí. – Gisele minha filha, espere que você vai tomar outra medicação. Não entendi, e questionei: - outra? – Por que?
- Por que você acabou de tomar Tilatil.
Nessa hora, eu chorava e ria ao mesmo tempo. Como assim? Acabei de informar pra ele que tinha alergia a esse danado desse remédio??? Olhei pra moça da recepção e disse:
- Os Maias erraram o dia do fim do mundo. Eu até então nem tava acreditando nisso, mas te digo minha amiga, o fim do mundo é hoje!!!
E lá volto eu, para a sala de medicação, pra tomar mais uma injeção intra - muscular e outra na veia. Lembrem-se do fim do mundo e me digam, vocês acham que o enfermeiro iria achar a minha veia de primeira? Acertaram. Não achou não. E doeu. Nessa hora, ainda passava o Som Brasil na TV. Mamãe olha pra mim e faz uma pergunta inusitada:
- Tá doendo minha filha?
Eu olho pra TV e escuto o que? “Prendia o choro e aguava o bom do amor”. E respondi a ela cantando: - Prendia o choro e aguava o bom do amor.
Não acabou por aí não. Depois conto pra vocês como foi a chegada ao outro hospital. Vocês já devem imaginar que nem tudo são flores, quando se está tão perto do fim do mundo. kkkkkkkkkkkkkkkkk